A maior reclamação das pessoas em relação ao trabalho policial, geralmente, é em relação à demora no atendimento.
"Liguei para o 190 e a viatura não chega."
"Fui à delegacia e demorei cerca de 2 horas para registrar boletim de ocorrência. "
Sem querer criar desculpas para justificar as demoras no atendimento, pois depende em alguns casos, como em toda profissão, do bom profissional. Contudo é importante aprofundarmos sobre o tema, para que o leitor tire suas próprias conclusões.
No primeiro semestre de 2011, somente na capital de São Paulo, a Polícia Militar recebeu 160 mil ligações através do Serviço 190 versando sobre desentendimentos entre familiares, vizinhos, trânsito, bares e baladas, etc. Geralmente, o denunciante exagera o problema, pois deseja rapidamente a presença da viatura policial.
Nos finais de semana, 80% das solicitações são provocadas por desinteligências, picuinhas, pertubação do sossego, negócios mal solucionados e abandono de lar. Os motivos geralmente são inveja, ciúmes, falta de educação e desamor! Em média, a Polícia Militar recebe a cada 2 minutos um chamado para atender problema relacionado a discussões verbais. Fora os trotes...
A necessidade de se deslocar policiais para atendimento desses tipos de ocorrências, impede, em determinados períodos, a necessária urgência no socorro de vitimas ou testemunhas, necessitadas de apoio policial imediato, em razão de perigo iminente.
Parte desses chamados deságuam em delegacias de polícia, pois as partes, com os ânimos acalorados, não entram em acordo, e a solução momentânea é a elaboração do Registro de Eventos de Defesa Social (REDS) - o antigo Boletim de Ocorrência. O plantão policial fica entupido de gente.
A demora para efetuar uma simples ocorrência de desinteligência é grande. Bate boca, xingamentos e até empurra-empurra são vistos com frequência, pois os envolvidos estão mais interessados em provocar o desafeto que fornecer dados ao escrivão. Não podemos esquecer das milhares de pessoas que procuram delegacias para registrar BOs de perda de documentos e aparelhos celulares, além da famigerada "preservação de direitos" e desaparecimento de filhos nos finais de semana, que, normalmente, foram para baladas e "esqueceram" de avisar que iam esticar a diversão na praia ou motel.
Diante disso, a "verdadeira" vítima, a que teve o carro subtraído, foi tomada de assalto ou a casa assaltada, fica chateada com a demora no atendimento. E não é para menos!
Realidade Americana
Os EUA sofriam com o mesmo problema: a polícia muitas vezes deixava de atender casos graves para dar suporte a desentendimentos banais. Ao identificarem o problema, passaram a cobrar taxa pecuniária daqueles que acionam o telefone de emergência 911 sem real necessidade. Com a medida, o volume de chamadas diminuiu consideravelmente e o atendimento às vítimas da criminalidade melhorou.
Fonte: PolicialBR
Fonte: PolicialBR
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