segunda-feira, 9 de junho de 2014

"Inconfidência" Mineira?? ou seria NACIONALISMO MINEIRO

(Tiradentes: Líder da "Inconfidência" Mineira)

Seria justo dizer que esses heróis eram traidores, se na verdade eles lutaram pela liberdade da nossa nação? Portugal não descobriu o Brasil, muito menos se tornaram donos dessas terras. O que fizeram foi simplesmente apropriarem-se indevidamente de terras que já tinham moradores, seus verdadeiros donos. 
Na minha humilde opinião, esse termo 'Inconfidência" é erroneamente utilizado para marcar um dos acontecimentos mais importantes da historia do Brasil.

A vida e Morte de Tiradentes

TIRADENTES (Joaquim José da Silva Xavier) (1746-1792) é considerado o grande mártir da independência do nosso país. Nasceu na Fazenda do Pombal, entre São José (hoje Tiradentes) e São João Del Rei, Minas Gerais. Seu pai era um pequeno fazendeiro. Tiradentes não fez estudos das primeiras letras de modo regular. Ficou órfão aos 11 anos; foi mascate, pesquisou minerais, foi médico prático. Tornou-se também conhecido, na sua época, na então capitania, por sua habilidade com que arrancava e colocava novos dentes feitos por ele mesmo, com grande arte. Sobre sua vida militar, sabe-se que pertenceu ao Regimento de Dragões de Minas Gerais. Ficou no posto de alferes, comandando uma patrulha de ronda do mato, prendendo ladrões e assassinos.


Em 1789 o Brasil começava a apresentar algum progresso material. A população crescia, os meios de comunicação eram mais fáceis e a exportação de mercadorias para a metrópole aumentava cada vez mais. Os cidadãos iam tendo um sentimento de autonomia cada vez maior, achando que já era tempo de o nosso país fazer a sua independência do domínio português.


Houve então em Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto, no Estado de Minas Gerais, uma aliança com o fim de libertar o Brasil do jugo português e proclamar a República. Tendo como inspiração para o movimento, a independência dos Estados Unidos, que se libertara do domínio da Inglaterra em 1776, e também o entusiasmo dos filhos brasileiros que estudaram na Europa, de lá voltando com idéias de liberdade.


O governador de Minas Gerais, Visconde de Barbacena, resolveu lançar a derrama, nome que se dava à cobrança dos impostos cada vez mais altos. Por isso, os revoltosos combinaram que a revolução deveria irromper no dia em que fossem cobrados esses impostos. Desse modo, o descontentamento do povo, provocado pela derrama, tornaria vitorioso o movimento.


Militares, escritores de renome, poetas famosos, magistrados e sacerdotes além de Tiradentes como uma das principais figuras da revolução, tomaram parte nos planos de rebelião. Os revolucionários pretendiam proclamar uma república, com a abolição imediata da escravatura, procedendo à construção de uma universidade, ao desenvolvimento da educação para o povo, além de outras reformas sociais de interesse para a coletividade.

O movimento revolucionário ficou, infelizmente, apenas em teoria. Em março de 1789, o coronel (tinha que ser um coronel) Joaquim Silvério dos Reis, que se fingia amigo e companheiro, traiu-os, denunciando o movimento ao governador.


Tiradentes achava-se, nessa ocasião no Rio de Janeiro. Percebendo que estava sendo vigiado, procurou esconder-se numa casa da Rua dos Latoeiros, atualmente Gonçalves Dias, sendo ali preso. O processo durou 3 anos, sendo afinal lida a sentença dos prisioneiros conjurados. No dia seguinte uma nova sentença modificava a anterior, mantendo a pena de morte somente para Tiradentes.


Tiradentes foi enforcado a 21 de abril de 1792, no Largo da Lampadosa, Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado, sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, arrasaram a casa em que morava e declararam infames os seus descendentes.


Tiradentes: Líder do Nacionalismo Mineiro

As coisas pareciam irreais para os conjurados. Mudos, cabelos emaranhados e longos ouviam seu movimento a voz ritmada e monótona do escrivão da alçada, que lia a sentença condenatória de Tiradentes que sereno, ouvia:


“Portanto condenam ao réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha de Tiradentes, Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas, a que com braço e pregação seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra de morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde em lugar mais público dela será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma e o seu corpo será dividido em quatro partes, e pregado em postes, pelos caminhos de Minas Gerais, no sítio de Varginha e das Cebolas, onde o réu teve suas infames práticas, e os mais nos sítios de maiores provocações até que o tempo também os consuma; declaram o réu infame, e seus filhos e netos, tendo-os os seus bens aplicam para o fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e, não sendo própria, será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e no mesmo chão se levante um padrão, pelo qual se conserve a memória desse abominável réu”.


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